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Depois de décadas de descaso, sujeira e mal cheiro, a Lagoa Rodrigo de Freitas (Zona Sul) parece, finalmente, ter entrado no caminho da despoluição। Iniciadas em junho, as obras de dragagem da Rio-Águas com investimento de R$ 3,5 milhões contam com aporte financeiro da empresa EBX, de Eike Batista, e já dão nova cara para a lagoa tão querida da Zona Sul.
Ao todo, os investimentos para impedir a mortandade de peixes como a que aconteceu em fevereiro deste ano devem chegar a 28 milhões. (>>Veja vídeo da mortandade de peixes há oito meses)
Hoje, o plano de dragagem está sendo implantado em pontos de alto grau de assoreamento e prevê a dragagem de 95 mil m³. O trabalho será iniciado na altura do Clube Caiçaras (próximo ao Canal do Jardim de Alah), de onde devem ser retirados 14 mil m³ de sedimentos.
Depois, será a vez da dragagem do Canal do Piraquê, que envolve um volume de 21,5 mil m³; Parque dos Patins, com 3,3 mil m³; e Parque do Cantagalo, com previsão de 11,3 m³.
Além da Rio-Águas, são parceiros no Projeto Lagoa Limpa a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a Comlurb, a Fundação Parques e Jardins e o Instituto Estadual do Meio Ambiente. O prazo previsto para o término da despoluição é de dez meses.
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Biólogo quer limpeza em outras lagoas da cidade
Para o biólogo Mário Moscatelli, a despoluição da Lagoa Rodrigo de Freitas deve vir acompanhada de projetos de limpeza também da Bacia de Jacarepaguá, formada por quatro lagoas, e da Baía de Guanabara.
>>Veja fotos que registram como o meio ambiente no Rio de Janeiro está abandonado
"Limpar só a Rodrigo de Freitas e mais fácil, porque é menor do que cada uma das lagoas da Barra e de Jacarepaguá e, menor ainda, que a Baía de Guanabara. Mas também temos que pensar em outras áreas da cidade, não só na Zona Sul".