quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Viúvas de traficantes mortos recebem ‘pensão’ de até R$ 4 mil
domingo, 5 de dezembro de 2010
Uma semana após a invasão, cadê os chefões do tráfico de drogas do Alemão?
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Moradores do Complexo do Alemão, mais especificamente das localidades conhecidas como Pedra do Sapo e Fazendinha, dizem que a maior dificuldade da polícia em pôr as mão nos chefões tem sido por causa da junção de duas das três principais facções criminosas do estado (Amigos dos Amigos e Comando Vermelho).
Traficante Polegar teria fugido em viatura da Polícia Civil
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sábado, 4 de dezembro de 2010
MP denuncia traficante Polegar, namorada e 'laranjas' no Rio
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>> Confira o vídeo com a prisão de Viviane, dia 27 de novembro, na Barra da Tijuca:
Um veículo Gol Power, ano 2005, foi registrado em nome de Victor. Conforme a denúncia do GAECO, a família de Viviane morava em um apartamento na Barra da Tijuca adquirido em 2004 pelo valor declarado de R$ 230 mil e registrado no nome de Lúcia Maria. Em nome de Elci foi registrado um carro Nissan Frontier, ano 2006, usado por Viviane e apreendido em novembro no endereço da Barra. Já Jorge Pontes "emprestou" o nome para o registro de um Fiat Palio, ano 2007, usado pelo cunhado do traficante.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Lagoa Rodrigo de Freitas se recupera com obra da prefeitura e da iniciativa privada
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Depois de décadas de descaso, sujeira e mal cheiro, a Lagoa Rodrigo de Freitas (Zona Sul) parece, finalmente, ter entrado no caminho da despoluição। Iniciadas em junho, as obras de dragagem da Rio-Águas com investimento de R$ 3,5 milhões contam com aporte financeiro da empresa EBX, de Eike Batista, e já dão nova cara para a lagoa tão querida da Zona Sul.
Ao todo, os investimentos para impedir a mortandade de peixes como a que aconteceu em fevereiro deste ano devem chegar a 28 milhões. (>>Veja vídeo da mortandade de peixes há oito meses)
Hoje, o plano de dragagem está sendo implantado em pontos de alto grau de assoreamento e prevê a dragagem de 95 mil m³. O trabalho será iniciado na altura do Clube Caiçaras (próximo ao Canal do Jardim de Alah), de onde devem ser retirados 14 mil m³ de sedimentos.
Depois, será a vez da dragagem do Canal do Piraquê, que envolve um volume de 21,5 mil m³; Parque dos Patins, com 3,3 mil m³; e Parque do Cantagalo, com previsão de 11,3 m³.
Além da Rio-Águas, são parceiros no Projeto Lagoa Limpa a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a Comlurb, a Fundação Parques e Jardins e o Instituto Estadual do Meio Ambiente. O prazo previsto para o término da despoluição é de dez meses.
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Biólogo quer limpeza em outras lagoas da cidade
Para o biólogo Mário Moscatelli, a despoluição da Lagoa Rodrigo de Freitas deve vir acompanhada de projetos de limpeza também da Bacia de Jacarepaguá, formada por quatro lagoas, e da Baía de Guanabara.
>>Veja fotos que registram como o meio ambiente no Rio de Janeiro está abandonado
"Limpar só a Rodrigo de Freitas e mais fácil, porque é menor do que cada uma das lagoas da Barra e de Jacarepaguá e, menor ainda, que a Baía de Guanabara. Mas também temos que pensar em outras áreas da cidade, não só na Zona Sul".
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Obra vai , obra vem e a Grajaú - Jacarepaguá continua a mesma porcaria
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A interdição da Grajaú-Jacarepaguá desde o dia 26 de julho para um banho de loja da Secretaria Municipal de Transportes, com direito a obras de obras de recapeamento, fresagem, sinalização e contenção de encostas não foi suficiente para melhorar a vida de quem precisa cruzar a via para trabalhar todos os dias.
Perto do fim, as obras não resolveram o principal problema da Avenida Menezes Cortes: o engarrafamento.
Na manhã de hoje, a odisséia de sair de Jacarepaguá e chegar ao Grajaú durou quase duas horas. O motivo? Ninguém sabe, ninguém viu.
Não tinha acidente, nenhum carro de oxigênio virou na pista e também não tinha tiroteio em nenhum morro da Menezes Cortes.
A Secretaria Municipal de Transportes ainda não deve ter descoberto o real problema da tão-conhecida Grajaú-Jacarepaguá.
sábado, 3 de julho de 2010
O elevador sobe, e o metrô para
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Maria Luisa de Melo, Especial para o Jornal do Brasil
Uma queda no fornecimento de energia elétrica durante a manhã desta quarta-feira, em um trecho da Linha 1 do Metrô, deixou os trens das estações Cardeal Arco Verde, Botafogo e Flamengo paralisados das 9h30 às 9h42. A concessionária Metrô Rio informou apenas que houve “queda de energia nos trilhos”.
O problema pode ter sido provocado pela inauguração dos elevadores de acesso ao Morro do Cantagalo, em Ipanema, pois, segundo a Secretaria estadual de Transportes, a fonte de energia que alimenta ambas as estruturas é a mesma. O diretor de engenharia do Metrô, Bento José de Lima, no entanto, negou que os dois fatos tenham relação.
Para o presidente do Sindicato dos Metroviários do Estado do Rio de Janeiro (Simerj), Rubens Foligno, só a Metrô Rio poderia explicar a causa do problema, que gerou insatisfação dos usuários e muita reclamação.
– A ligação dos elevadores pode ter feito a energia elétrica das três subestações (Cardeal Arco Verde, Botafogo e Flamengo) ser interrompida. Mas o problema também pode ter sido causado pelo descuido de algum operador, porque 12 minutos geralmente é o tempo que o sistema leva para ser restabelecido. Alguém pode ter desligado acidentalmente um disjuntor e o sistema levou um intervalo de 12 minutos para voltar ao normal. Só o Metrô Rio tem como apontar a causa da queda de energia.
Ao todo, cerca de três mil pessoas (o equivalente a dois trens cheios) podem ter sido prejudicadas pela queda de energia, já que o intervalo de 12 minutos equivale ao espaço de tempo em que duas composições embarcariam passageiros.
A concessionária informou que apesar do problema durante a manhã desta quarta-feira, nenhuma estação chegou a ser fechada. A Linha 2 (que faz o trajeto de Pavuna a Botafogo) não foi prejudicada.
sábado, 26 de junho de 2010
Bonde com 15 homens do CV matam três bandidos da ADA e um eletricista inocente
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Colaboração de Malu Melo
Fotos de Pedro Pantoja
Uma guerra pela disputa de pontos de venda de drogas entre traficantes de facções criminosas rivais deixou quatro mortos na Favela Vila Candoza, no bairro Jóquei, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Um dos mortos seria um eletricista inocente que estava em um bar na Estrada do Coelho, principal via de acesso à favela, quando bandidos do Comando Vermelho (CV) chegaram no local e mataram traficantes da facção Amigos dos Amigos (ADA) com tiros de fuzil e explosão de granadas. No confronto, outros dois homens ficaram gravemente feridos.
Segundo informações de policiais do 7º BPM (São Gonçalo), nos últimos dois meses, outras tentativas de invasão já foram sido registradas naquele local.
Os bandidos invasores entraram na Vila Candoza por volta de 3h40, dentro de dois carros, passando por um morro cujo acesso é permitido pelo Complexo do Anaia e Vila Almerinda, através da Rua José da Silva.
Ainda segundo informações da PM, o bonde era composto por 15 homens fortemente armados, que ao adentrar a favela chegaram ao principal ponto de observação do tráfico de drogas, um pouco acima da boca de fumo, próximo a um bambuzal. Lá, o gerente do tráfico de drogas, conhecido como Dudu Cabeção, foi torturado e morto e um de seus homens de confiança, um olheiro identificado apenas como Cleiton também foi morto a tiros.
De acordo com moradores da localidade, a venda de drogas durante a noite e a madrugada foi feita, excepcionalmente, no bar da esquina, já que os traficantes tinham organizado uma comemoração na sede da boca sem imaginar que traficantes do Comando Vermelho apareceriam na calada da noite. Depois de renderem o olheiro e o gerente do tráfico local, os bandidos do CV partiram para o bar, onde estava sendo feita a venda de drogas.
No local, executaram um outro homem, identificado apenas como Sapão – que estaria vendendo drogas. O eletricista Sebastião Jacob de Oliveira, 39 anos, foi rendido quando estava no banheiro do estabelecimento.
Ainda segundo informações de moradores, Sebastião chegou a pegar a carteira para se identificar. No entanto, os bandidos foram mais rápidos e mataram o morador com diversos tiros de fuzil antes dele abrir a boca e explicar que não estava a serviço do tráfico local.
A Polícia investiga de onde seriam os bandidos responsáveis pelo crime. Segundo a PM, os traficantes podem pertencer ao Complexo do Salgueiro, no bairro de mesmo nome, e ao Complexo da Coruja, em Neves, já que são complexos de favelas pertencentes ao Comando Vermelho e de maior influência na região. No entanto, a origem dos assassinos não havia sido descoberta até o fechamento desta edição.
Uma das quatro granadas utilizadas pelos bandidos teve que ser detonada por policiais do Esquadrão Antibombas, na manhã de ontem.
Os moradores da localidade, apesar de assustados, disseram que a chacina já estava anunciada.
“Não é de hoje que o Comando Vermelho está tentando tomar essa favela. Eles sempre tentaram e desta vez, conseguiram deixar um enorme estrago aqui, matando inclusive um inocente”, informou um pedreiro de 50 anos.
Uma outra moradora, que vive na parte superior do bar e também preferiu não ter sua identidade revelada, contou o momento de terror que viveu quando os traficantes atiraram contra sua casa.
“Eu estava dormindo, levei um susto enorme. Eu, minha filhinha de quatro anos e meu marido ficamos abaixados no chão durante todo o tempo com medo que os disparos contra a fachada nos atingissem”, contou a dona de casa.
As investigações estão sob responsabilidade de policiais da 75ª DP (Rio do Ouro). Qualquer informação que auxilie a Polícia e ajude a identificar e localizar os criminosos pode ser repassada pelo Disque-Denúncia, através do telefone 2253-1177. Não é preciso se identificar.
sábado, 17 de abril de 2010
Tráfico de drogas engole crianças e adolescentes no Rio
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Foto: Divulgação.
“Eu comecei com 13 anos e já matei cinco pessoas”. A afirmação pode parecer, à princípio, descontextualizada. Mas é inegável que ela remeta a um cenário de violência. Gustavo, mais conhecido como B.N, vive no Complexo do Alemão desde que nasceu. Aos 13 anos, passou a integrar o tráfico de drogas local. O caso integra um cenário que vai de encontro a dados do Instituto de Segurança Pública do Rio (ISP): 27,3 % das crianças e adolescentes apreendidos em todo o estado tinham envolvimento com o tráfico de drogas.
De acordo com o mais recente Dossiê da Criança e Adolescente, divulgado em 2007, pelo ISP, o tráfico de drogas e o roubo são os delitos cometidos por jovens infratores menores de 18 anos com maior número de registros no Rio de Janeiro.
Para o desembargador Siro Darlan, que ocupou por 14 anos a 1ª Vara da Infância e Juventude do Rio, os casos de violência envolvendo jovens infratores trata-se de uma resposta dada ao desrespeito dos direitos da criança e do adolescente. “O ser humano reage à exclusão. Antes de entrar para o crime, muitos jovens procuram alternativas de trabalho. Eles tentam vender bala, procuram uma atividade que lhe renda o sustento. Mas com as portas fechadas, muitos acabam sendo acolhidos pelo tráfico, que oferece poder e dinheiro fácil”, explicou o desembargador.
No caso de B.N, a função do adolescente era apenas vender drogas no Complexo de favelas da Zona Norte da cidade. Depois de ganhar a confiança de seus superiores na boca de fumo local, sua juventude passou a ser mais dedicada ao tráfico - ele passou a integrar o grupo responsável pela “contenção” (segurança) do Complexo.
Hoje, com 18 anos, B.N orgulha-se de ter matado cinco pessoas. “Traficante não mata por qualquer motivo não. A gente só mata X-9, invasores da favela e PMs”, explicou.
No entanto, para Siro Darlan, as declarações do rapaz, que diz ser integrante do Comando Vermelho, não passam de uma forma de defesa. “É uma maneira de dizer que são ‘o bicho’, de impor medo e respeito ao mesmo tempo. Mas quando você vai analisar, aquele jovem não matou ninguém. É como se fossem bichos acuados que dizem que fizeram e aconteceram como estratégia de defesa, para se sentir respeitados”.