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Uma semana após a invasão policial ao complexo de favelas do Alemão (Zona Norte do Rio), considerado o quartel general da facção criminosa Comando Vermelho, as polícias Civil, Militar e Federal, ainda não conseguiram capturar a cúpula de criminosos que integram o grupo.
Segundo a Polícia Civil do Rio, pelo menos 15 chefões do tráfico de drogas local estavam escondidos no conglomerado de favelas até a entrada da polícia. E, apesar de mais de 120 acusados de envolvimento com o tráfico de drogas terem sido presos, as principais lideranças do grupo ainda estão sendo procuradas.
Na última sexta-feira (22), o Ministério Público do Rio recebeu uma denúncia anônima de que Alexandre Mendes da Silva, o Polegar, líder do tráfico de drogas da Mangueira, em São Cristóvão, Zona Norte, pode ter fugido do Alemão com um comparsa dentro de uma viatura da Polícia Civil.
Moradores do Complexo do Alemão, mais especificamente das localidades conhecidas como Pedra do Sapo e Fazendinha, dizem que a maior dificuldade da polícia em pôr as mão nos chefões tem sido por causa da junção de duas das três principais facções criminosas do estado (Amigos dos Amigos e Comando Vermelho).
Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, que controlaria a venda de drogas em todo o complexo; Mica, responsável pela venda de entorpecentes na Chatuba, e FB, da Vila Cruzeiro ainda não tem paradeiro conhecido pela polícia.
O pai do traficante Pezão, que não teve identidade divulgada pela polícia, foi liberado após prestar depoimento e pagar fiança na noite de sexta-feira (3), no Rio. As informações são da 38ª DP (Irajá), para onde ele foi levado. O teor do depoimento e o valor da fiança não foram divulgados.
O suspeito foi preso por policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), na tarde de sexta, na Favela da Grota, uma das comunidades do Conjunto de Favelas do Alemão, na Penha, Zona Norte do Rio. Segundo o comandante do Bope, tenente-coronel Paulo Henrique Moraes, o pai do traficante foi preso por venda ilegal de botijões de gás dentro da favela.
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